A condução autónoma é mais do que apenas sensores, unidades de controlo e muita capacidade de computação. Também requer uma série de serviços inteligentes sem os quais nenhum veículo jamais será capaz de assumir a condução autónoma.
“Os serviços são no mínimo tão importantes para a condução autónoma quanto o hardware e o software. Estamos a trabalhar nos três tópicos simultaneamente para que veículos autónomos circulem de forma segura e fiável nas nossas estradas”, afirma Dirk Hoheisel, membro do conselho de administração da Bosch.
Só ao saber a sua posição ao centímetro é que os veículos autónomos poderão circular em segurança. Por isso, a Bosch tem um sistema de localização que inclui: software, hardware e serviços associados, que actuam como um sistema redundante para determinar com precisão a posição do veículo.
Portugal na linha da frente
Portugal está, desde 2015, envolvido no desenvolvimento do sensor de posicionamento e movimento do veículo.
Cerca de 25 engenheiros do centro de Tecnologia e Desenvolvimento em Braga foram responsáveis pelo desenvolvimento de hardware e primeiras amostras funcionais para prova de conceito.
A equipa, que deverá chegar aos cerca de 35 elementos, está actualmente a trabalhar no hardware e software do novo sensor.
“Este grupo faz parte de uma grande equipa internacional que desenvolve um sensor de posicionamento que atende a todos os requisitos automotivos – ser seguro, fiável, preciso e competitivo em termos de custo. O sensor de movimento e posicionamento do veículo permitirá que o carro autónomo saiba onde está, a qualquer momento e em qualquer lugar, com uma precisão muito maior do que os sistemas de navegação existentes”, afirma Hernâni Correia, Team Leader para o projeto VMPS em Portugal.