O desafio de não repetir o erro

Notícias Opinião

Por Lourenço Chaves Almeida  – Quality, Safety e Security manager na Portway, Handling de Portugal.

“…Durante vários anos, a Estratégia foi chamando a atenção para as novas ameaças, tipificando-as e identificando os “novos vírus” (de natureza industrial, informática e sanitária), alertando igualmente para as pandemias que estes poderiam causar; mesmo as mais recentes realidades do Ébola e do Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) não foram suficientes para despertar as consciências dos decisores políticos para a tomada de medidas de precaução que o senso comum exigia ou, no mínimo, aconselhava….”

O texto supracitado traduz uma realidade que, de certo, já passou por muitos de nós nas suas carreiras e experiências profissionais. Numa leitura atenta da história contemporânea mundial, e mesmo de Portugal, encontraremos bastantes exemplos.

Repete-se atualmente o que ocorreu no mundo em geral, aquando dos atentados de 11 de setembro de 2001, em que apesar de muitos anos de alertas fomos praticamente apanhados desprevenidos, sem capacidade regulatória e de respostas imediatas legais e físicas perante um ameaça de elevado grau. E, ainda hoje , volvidas quase duas dezenas de anos, existem dificuldades em lidar com esta realidade de forma proativa em vez de reativa.  

A atual situação pandémica que se atravessa possui duas particularidades que, apesar de não serem novas, são uma gigantesca ameaça à sobrevivência de toda e qualquer estrutura política, territorial e naturalmente empresarial – é global e impacta em tudo e todos, sem diferenciação. No contexto disruptivo imediato é, inclusive, superior a uma ameaça como a de 11 de setembro de 2001, na letalidade e impacto económico inimaginável.

Torna-se emergente que se invista na proteção dos RHs das empresas, garantindo e reforçando a confiança interna e consequentemente a dos seus clientes.

À semelhança de outras áreas de segurança, dever-se-á apostar fortemente em políticas internas de segurança de saúde, programas de segurança baseados na sensibilização, informação, formação e promoção. 

Atualmente já se encontram publicados, nas páginas de algumas autoridades, documentos razoavelmente bem estruturados com as linhas mestras de medidas de prevenção que cada empresa deve assumir, desenvolver e implementar internamente. Conceitos como higiene das mãos, etiqueta respiratória, distanciamento social, higienização de superfícies, auto monitorização de sintomas, proteção individual passarão a ser as rotinas normais do nosso dia a dia e terão de estar fortemente implementadas nos RH.

Para reflexão de cada leitor – O TEMPO NÃO ESPERA POR NÓS